Vêm aí as Praganas!
Na altura da Primavera, em que as ervas começam a secar, é muito frequente aparecerem animais com praganas espetadas no pêlo. À partida pode pensar que não é uma situação preocupante, mas sabia que estas ervinhas aparentemente inofensivas podem penetrar na pele a abrir trajectos fistulosos que depois levam ao aparecimento de tumefacções e abcessos? Sabia que também podem alojar-se no pavilhão auditivo dos animais, causando-lhes dor, desconforto e até otites? Sabia que podem ser inaladas e ficar retidas nas narinas causando espirros ininterruptos e corrimento nasal? Sabia que podem entrar para os olhos e causar conjuntivites e até úlceras da córnea?
Hoje foi a vez do Pipocas, um Cocker Spaniel que teve que recorrer à nossa ajuda porque andava com a cabeça de lado e abanava insistentemente as orelhas. Ao espreitarmos os ouvidos com o otoscópio conseguimos retirar não uma, mas duas praganas!
O que pode fazer para prevenir estas situações?
– Evitar passear o seu animal em sítios com ervas altas;
– Se o seu cão tem pêlo comprido deverá tê-lo tosquiado para evitar que as praganas fiquem agarradas ao pêlo. Além disso, quando os animais têm o pêlo mais curto, a inspecção torna-se mais simples e é mais fácil detectar praganas espetadas ou feridas provocadas por estas.
Previna estes acidentes. Tenha cuidado com os sítios onde costuma passear o seu amigo e inspeccione-o depois de cada passeio.
Joana Brito (Médica Veterinária)