PUCKER: a nova vida de um gatinho
Hoje vamos relatar a trágica história do Pucker, mas que felizmente terminou bem. O Pucker é um gatinho jovem (com cerca de um ano) que foi atropelado na quinta-feira passada. O dono assistiu ao atropelamento mas não conseguiu socorrê-lo porque o Pucker fugiu. No sábado o Pucker apareceu mas, infelizmente, tinha o membro posterior esquerdo seriamente ferido: do joelho para baixo, o membro apresentava-se torcido, com a pele e músculo avulsionados e desaparecimento completo dos dedos. Os tecidos moles, bem como as extremidades ósseas expostas estavam gravemente infectados, havendo o risco de se instalar uma septicémia. O Pucker foi imediatamente medicado com antibioterapia e soro endovenosos, sendo que a decisão mais sensata a tomar seria a de amputar o membro. O Pucker foi operado nessa mesma tarde. Fez-se a amputação por meio de desarticulação coxo-femoral. Nessa noite o Pucker ainda apresentava a temperatura baixa, pelo que foi mantido sob observação e controlo rigoroso da temperatura corporal. Na manhã de domingo, o Pucker estava muito bem disposto, com muito apetite, a temperatura normal e a movimentar-se sem dificuldade, no seu novo apoio de apenas três patas. Dada a rápida recuperação este nosso amigo teve alta na segunda-feira, após um merecido banho, para ir todo bonito para casa e poder receber todo o carinho dos seus donos. Com o vídeo do Pucker pretendemos deixar aqui uma prova viva de como os animais se adaptam rápida e facilmente a uma nova vida com apenas três membros.
Bola de Pêlo, amigos para sempre!
Joana Brito (Médica Veterinária)
2 comentários
Jaqueline
23/07/2017 at 19:48
Dra, eu tenho um gatinho amputado da pata esquerda traseira também, no entanto ele não anda normalmente, ele anda meio sentado e isso está machucando a pata boa, e o lado amputado está criando um inchaço… o que posso fazer para ele aprender a andar normalmente?
Bola de Pêlo
24/07/2017 at 15:16
Boa tarde Jaqueline.
Provavelmente terá que fazer fisioterapia, para ele reaprender a andar, mas deverá levá-lo a uma consulta para avaliar melhor a situação.
Joana Brito
Médica Veterinária