PIF
É uma Peritonite Infecciosa Felina que se pensa ser provocada por um coronavírus. Um dos maiores problemas em diagnosticar uma situação de PIF deve-se ao facto do espectro de sinais clínicos ser tão vasto.
Pensa-se que a transmissão é feita por ingestão ou inalação do vírus, que é espalhado pelas fezes ou secreções oronasais de gatos infectados.
As duas grandes formas de apresentação da doença são a forma efusiva, a chamada “PIF Húmida” e a forma não efusiva ou granulomatosa chamada de “PIF Seca”. Embora estas formas sejam apresentadas como entidades separadas, elas podem simplesmente ser dois extremos da progressão da doença pelo que, apresentações intermédias ou mistas são também possíveis.
Na “PIF Húmida” uma permeabilidade vascular secundária leva à acumulação de líquido na pleura e no peritoneu, bem como no pericárdio, rins e escroto. Os sinais clínicos mais comuns são anorexia, perda de peso, apatia e desidratação. Os animais podem ainda demonstrar dificuldade respiratória e relutância ao movimento.
Na “PIF Seca” os sinais são mais vagos devido à natureza subtil das lesões granulomatosas. Contudo, a febre está quase sempre presente, até de forma mais persistente que na “PIF Húmida”.
Sinais como alterações neurológicas e do globo ocular podem, por vezes, ser os únicos sinais de PIF, principalmente na “PIF Seca”.
Como não existe uma vacina para a doença, a prevenção passa apenas pela separação de gatos infectados daqueles sãos. Convém também fazer uma desinfecção cuidadosa dos sítios onde tenham estado gatos infectados, visto que o vírus pode persistir no ambiente até 7 semanas.
O tratamento de gatos com PIF é sintomático e paliativo, isto é, tenta-se controlar os sinais clínicos, pois não há um tratamento que consiga eliminar o vírus.
Um conselho Bola de Pêlo, amigos para sempre!
Joana Brito (Médica Veterinária)