Tosse do Canil

A Tosse do Canil é o nome genérico que se dá a uma infecção respiratória que afecta os cães. Trata-se de uma doença multifactorial, de origem bacteriana e viral que, embora benigna, é altamente contagiosa. No fundo, trata-se de uma traqueo-bronquite, semelhante às nossas constipações.

Tosse do Canil

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A Tosse do Canil é o nome genérico que se dá a uma infecção respiratória que afecta os cães. Trata-se de uma doença multifactorial, de origem bacteriana e viral que, embora benigna, é altamente contagiosa. No fundo, trata-se de uma traqueo-bronquite, semelhante às nossas constipações.

Os cães apresentam, em geral, uma tosse seca, irritante e muito persistente que pode vir acompanhada de uma espuma branca e espessa (por vezes até confundida com vómito). Os cães afectados não apresentam, na maior parte dos casos, alterações do apetite e da actividade. Alguns animais podem, contudo, apresentar febre e descargas nasais.

Os cães podem contrair a doença de várias formas: pelo contacto com aerossóis presentes no ar, por contacto directo e por contacto com objectos contaminados (brinquedos, taças de comida, etc).

Como a doença é altamente contagiosa, nenhum cão deve ser admitido num hotel sem ter a vacina da Tosse do Canil (com valência contra o vírus da Parinfluenza canina e a Bordetella bronchiseptica). Embora esta vacina não impeça que os cães sejam contagiados, em princípio os sintomas serão muito mais leves nos animais vacinados.

Apesar de benigna, a doença pode evoluir, em situações mais graves, para a penumonia. Sendo assim, um cão com Tosse do Canil deve ser visto pelo médico veterinário e ser atempadamente medicado. Também deve ser separado de outros cães que haja na mesma casa ou, no caso de um cão de quintal, se possível colocado numa zona da casa menos exposta à passagem de outros cães, de forma a evitar a propagação da infecção.

Um conselho Bola de Pêlo, amigos para sempre!

Joana Brito (Médica Veterinária)


14 comentários

  • Telma sofia santos Cordeiro

    09/08/2017 at 22:32

    Boa noite, o meu cão tem apenas 5 meses e já foi a 3 veterinários. O 1º disse que o meu cão estava constipado e o 2º disse-me que estava com tosse do canil. Mas já está assim há quase 1 mês, acabou a medicação e não passa a tosse. Não sei o que fazer. Pode-me dizer se é normal?

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    • Bola de Pêlo

      12/08/2017 at 17:20

      Telma,

      Como deve calcular, numa situação dessas, não posso dizer se é normal ou não, nem fazer a mínima suposição do que se passa, uma vez que não estou a fazer uma avaliação clínica do animal. Se numa primeira consulta foi colocada uma hipótese que, a ser verdadeira, já deveria ter tido outro desfecho, o meu conselho é que reporte essa situação ao colega que o assistiu, para que o mesmo possa delinear uma estratégia de diagnóstico e tratamento diferentes da primeira, por forma a resolver a situação clínica do seu cachorro.

      Os proprietários devem sempre ter em conta que perante determinados sintomas que os animais apresentam, “encaixamos” sempre o diagnóstico mais provável mas, há sempre casos que saem daquilo que é mais comum, pelo que nem todos os animais reagem da mesma forma. Se os proprietários não nos reportarem os efeitos do tratamento prescrito, não temos como adivinhar se o problema ficou solucionado ou não, pelo que não há como vos ajudar, quando os problemas não ficam logo resolvidos. Por vezes a solução pode ser tão simples como prolongar a medicação, alterar o antibiótico prescrito ou associar um ou outro medicamento, mas essa decisão só pode ser tomada quando há diálogo entre as duas partes.

      Joana Brito
      Médica Veterinária

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  • Paulo jorge santos oliveira

    01/07/2018 at 23:05

    É preciso ter cuidado. Dei a vacina ao meu cão para que ele pudesse frequentar um hotel canino. Qual o meu espanto quando o fui levar e a dona do hotel não mo admitiu pois não tinha levado o segundo reforço 2 a 3 semanas após a primovacinação. Na bula diz que tem que se dar o reforço; o veterinário diz que não. E esta einh…

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    • Bola de Pêlo

      06/07/2018 at 21:46

      Caro Paulo Oliveira,

      A questão por si levantada é interessante. Na verdade existem duas marcas de vacina que protegem contra a tosse do canil. Uma necessita de reforço, mas outra não e acredito que, por vezes, isso possa gerar confusões. Convém também dizer que, muitas vezes, os donos levam os cães para vacinar já muito perto da data em que vão ficar no hotel, pelo que o reforço não pode fazer-se atempadamente em relação à estadia. Quando assim é, é mais fácil utilizar a vacina que não exige reforço (que é intra-nasal e por isso tem uma actuação mais rápida) mas que, por outro lado, pode contribuir para a dispersão do vírus (é uma vacina viva atenuada) por entre os outros animais que também estão confinados ao mesmo espaço.

      Assim sendo, convém que os donos sejam informados acerca da existência das duas vacinas, assim como das particularidades de ambas, e com a antecedência necessária para assegurarem uma boa protecção dos seus animais e, um reduzido risco para a saúde dos outros que irão estar perto deles.

      Joana Brito
      Médica Veterinária

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  • Catarina Bernardo

    16/05/2019 at 16:57

    Com quanta antecedência é que se deve administrar a vacina da tosse do canil ? Existe idade mínima ?

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    • Bola de Pêlo

      16/05/2019 at 17:41

      Boa tarde Catarina.

      Para se considerar que o animal está bem vacinado e estará protegido na altura em que fica alojado, deverá iniciar a vacinação contra a tosse do canil, um mês e meio antes da data estimada, para dar tempo de fazer as duas doses necessárias, com um mês de intervalo entre si.

      Existe uma outra vacina que não é injectável, mas sim intranasal, com um início de protecção muito mais rápido, mas dada a via de administração, os animais com ela vacinados podem ser transmissores dos agentes causadores da doença durante muito mais tempo, o que muitas vezes acontece durante o período de alojamento, pelo que aconselhamos que se prefira a vacina injectável (Pneumodog).

      Estas vacinas podem ser dadas juntamente com as restantes vacinas da primovacinação mas, por se tratar de vacinas consideradas “não essenciais”, gostamos de administrá-las mais tarde, já depois de cumprido o plano vacinal inicial.

      Joana Brito
      Médica Veterinária

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      • Joana Silva

        01/09/2019 at 10:47

        Bom dia,
        A propósito deste tópico da vacina contra a tosse do canil : a minha cadela foi vacinada com a vacina intranasal cerca de duas semanas antes de ir para um hotel e correu tudo bem (em Junho). Em Agosto foi novamente e voltou com tosse. Já está medicada com antibiótico. A minha questão é : será que ela pode ou deve fazer a injectável e se sim quando? Uma vez que há de voltar para um hotel em meados de Novembro e estou com receio que venha de lá com gripe novamente.
        Obrigada

        Responder

        • Bola de Pêlo

          05/09/2019 at 08:59

          Boa tarde.

          Não haverá grande diferença entre a vacina intra-nasal e a injectável, no que toca à imunidade que cada uma confere. Acontece que estas vacinas não conferem uma protecção absoluta, nem evitam que os cães se contagiem, apenas amenizam os sintomas e diminuem a probabilidade de contágio, em espaços onde se encontram confinados muitos animais. O mesmo sucede com as nossas vacinas contra a gripe. Assim sendo, não ganhará nada em dar a outra vacina.

          Joana Brito
          Médica Veterinária

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        • Ana Paula carrascal

          01/10/2021 at 22:38

          Boa noite.
          Gostaria de saber com que idade um cachorro pode tomar a vacina da tosse do canil?
          Porque tem 7 meses, já levou as vacinas até aos 6 meses.
          Poderá me dizer se ainda irá ter mais vacinas?
          Obrigado.

          Responder

          • Bola de Pêlo

            12/10/2021 at 14:43

            Boa tarde Ana Paula.

            A vacina da Tosse do Canil pode ser tomada em qualquer altura. O seu cão deverá ser vacinado todos os anos contra as doenças infecto-contagiosas mais vulgares (Esgana, Parvovirose, Hepatite e Leptospirose), bem como contra a Raiva, cuja periodicidade pode variar de acordo com a marca da vacina utilizada. Se ele precisará de mais vacinas, já é um assunto que deverá ser discutido com o veterinário que segue o seu cão, pois, em função do tipo de vida do mesmo, o veterinário assistente pode entender aconselhável fazer vacinas como a da Leishmaniose, Febre da Carraça ou Tosse do Canil.

            Joana Brito
            Médica Veterinária

  • Mariana

    23/06/2019 at 15:26

    Boa tarde.
    A minha yorkshire de 10 anos, foi diagnosticada com ruptura de ligamentos na passada 4a feira, tendo sido agendada a respectiva cirurgia para o dia 29/06. A minha questão prende-se com a administração da vacina da tosse do canil, que seria dada este mês. Segundo a indicação do hotel, deverá tomar a intranasal até dia 10/07, para que não coloque a sua estadia em causa.
    Neste momento, está a ser medicada com we joint (noite), maxilase (manhã e noite) e inflacam (manhã). Quando poderá ser dada a vacina, sendo que não poderá ser administrada enquanto estiver a ser medicada?
    Obrigada!

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    • Bola de Pêlo

      24/06/2019 at 11:12

      Bom dia Mariana.

      Em meu entender, nada daquilo que a sua cadelinha está a tomar, interfere com a vacina, seja ela qual for. Assim sendo, poderá vaciná-la sem qualquer reserva nem tempo de espera.

      Joana Brito
      Médica Veterinária

      Responder

  • Patrícia

    28/04/2021 at 19:12

    Olá Doutora Joana ,

    Gostaria de saber , com medicação, passado quanto tempo é que a tosse começa a diminuir ?

    E se há algo natural que se possa comprar para ajudar a melhorar para além da medicação ?

    Obrigada

    Responder

    • Bola de Pêlo

      30/04/2021 at 08:44

      Cara Patrícia,

      A Tosse do Canil é uma doença, em geral, benigna, passando ao fim de 7 ou 8 dias contudo, a duração da tosse é variável. Desconheço se existe alguma coisa natural que possa ajudar, para além de hidratar o animal e fluidificar as secreções (caso existam) de forma a facilitar a sua eliminação.

      Joana Brito
      Médica Veterinária

      Responder

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