LEISHMANIOSE CANINA

A leishmaniose canina é causada por um parasita – a Leishmania – transmitido através da picada do flebótomo, um insecto erradamente confundido com o mosquito. Pode afectar vários animais, incluindo os humanos, e é potencialmente fatal para os cães.

A doença pode provovar problemas cutâneos e órgãos como o fígado e os rins também podem ser afectados, podendo ocorrer anemia, artrite e insuficiência renal grave. Nem sempre os sintomas da leishmaniose canina são evidentes, mas os sinais de alerta mais vulgares são febre, queda do pêlo (em especial à volta dos olhos), perda de peso e lesões cutâneas.

Embora os animais infectados possam ser tratados e tornarem-se assintomáticos, nunca se consegue a cura total e muitos acabam por morrer. Em Portugal, a doença é endémica em todo o território, embora algumas regiões apresentem uma prevalência mais elevada que outras. No entanto, como o país é pequeno e as distâncias curtas, qualquer deslocação pode significar um risco acrescido de contágio.

Anteriormente a única forma de prevenção da doença passava pelo uso de produtos repelentes de insectos e evitar que o cão pernoitasse na rua. Em meados de 2011, foi colocada no mercado uma vacina (CaniLeish) que promete revolucionar a forma como podemos prevenir esta doença tão grave. Mais ou menos na mesma altura, foi colocado no mercado um outro produto, uma suspensão oral (Leishguard) que modela a imunidade do seu cão, ajudando o seu sistema imunitário a defender-se contra o parasita. Ambas as opções apresentam uma eficácia que ronda os 70% e a sua escolha deverá ser feita em função da relação risco/benefício bem como dos custos de cada opção. Não deixe que esta grave doença afecte o seu cão. Informe-se connosco e proteja o seu amigo!

Um conselho Bola de Pêlo, amigos para sempre!

Joana Brito (Médica Veterinária)