FIV – O Vírus da Imunodeficiência Felina

O Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV na nomenclatura anglo-saxónica) está associado a uma doença que provoca imunodeficiência nos gatos domésticos.

FIV – O Vírus da Imunodeficiência Felina

17/07/2009 0
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O Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV na nomenclatura anglo-saxónica) está associado a uma doença que provoca imunodeficiência nos gatos domésticos. Caracteriza-se por febre, aumento generalizado dos gânglios, anemia, falta de apetite, perda de peso, infecções secundárias crónicas e desordens neurológicas. Tal como acontece nos humanos com SIDA, os gatos com FIV parecem sofrer de uma infecção e destruição dos linfócitos, dando origem a um sistema imunitário incompetente.

Demonstrou-se que a transmissão do vírus é muito eficiente através de mordedura, porque o vírus se concentra na saliva dos gatos. Pensa-se que a transmissão por contacto casual e sexual não é uma forma eficiente de infecção. Daí que haja uma prevalência da infecção muito mais alta em gatos de rua, machos, não castrados, que têm uma maior probabilidade de serem mordidos, devido a disputas territoriais.

A doença pode ser prevenida impedindo os gatos de interagirem com outros de rua, castrando-os, para que reduzam a sua acção territorial. Todos os gatos novos introduzidos deverão ser testados para a presença do vírus. Preferencialmente, deveriam ser submetidos a uma quarentena de 6 a 8 semanas, antes de serem testados, para permitir que infecções muito recentes fossem detectadas aquando da testagem. Ainda não existe vacina para a doença.

Apesar do que foi dito, se for detectado um gato FIV positivo numa casa onde este já está instalado com outros gatos, desde que todos estejam esterilizados e não haja comportamentos agressivos, não há necessidade de retirar o animal infectado, dado que a transmissão por contacto casual é muito pouco provável.

O tratamento de gatos com FIV passa por tentar controlar infecções oportunistas e controlar os sintomas, visto que não há um tratamento que elimine o vírus.

Um gato FIV positivo pode viver muitos anos sem nunca desenvolver a doença. Apesar do aparente baixo risco de transmissão entre espécies, pessoas imunocomprometidas, incluindo mulheres grávidas e recém-nascidos, não devem ser expostos a animais com FIV. Além disso, gatos doentes podem ser um reservatório de Toxoplasmose e Criptosporidiose, representando um risco inaceitável para pessoas com um sistema imunitário deficiente.

Um conselho Bola de Pêlo, amigos para sempre!

Joana Brito (Médica Veterinária)


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